quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Rota Fim do Mundo - Equipamentos


O que levar na bagagem em uma viagem de moto é sempre um dilema e muito pessoal de cada viajante e ainda ter que descobrir o que será ou não necessário piora mais a situação, ainda mais quando se viaja de moto custom que a capacidade de carga acaba sendo um pouco reduzida.

Pra ajudar nessas decisões acabamos sempre consultando lista de outros motociclistas e construímos a nossa própria lista, retirando alguns itens julgados não necessários e incluindo outros que não são citados. A aqueles que levam jogos de ferramentas gigantescos que dá até pra abrir uma oficina mecânica rsrs, mas não sabem mexer em nada na moto... então pra que levar? Se for pensar em tudo que pode ocorrer com a moto no caminho, é mais fácil levar uma moto reserva na carretinha. Na minha humilde concepção basta levar coisas que podem lhe tirar do sufoco com simples reparos, como kit para reparação de pneus, uma emenda de corrente, etc. Ficar pensando que um manete pode quebrar em uma queda ou que um pneu pode deformar em um buraco, acho que é muita paranoia. A não ser que esteja viajando pra África, aí até concordo rsrs.

Todas essas decisões que precisam ser tomadas acabam gerando um certo temor, mas optamos sempre por se prevenir antecipadamente, com algumas atitudes que descreveremos abaixo:



- Realizar uma ótima revisão em um mecânico de extrema confiança, trocar tudo que se          encontre já em "meia vida" e que possa acabar no meio da viagem;


- Colocar um par de pneus novos, assim como relação para as motos que possuem. Nesse caso optamos por pneus da Michellin Commander II, que a marca diz ser o mais durável, chegando a 40.000 km. 



- Adquirir equipamentos e acessórios de qualidade que possam tornar sua viagem mais confortável e prazerosa, como:
    - Comunicador:
    - Banco conforto;
    - Para-brisa (bolha);
    - Descanso avançado para as pernas;
    - Capacetes menos ruidosos e demais itens.

- Fazer uma prévia da montagem da bagagem nos bauletos / alforges, nisso você acaba já eliminando muita coisa desnecessária e tendo uma ideia de como ficará o peso da moto. Inclusive é bom rodar com a moto nessas condições para se adaptar antes de sair para a viagem em si.

Em relação aos equipamentos para o piloto e garupa, utilizamos roupas de cordura impermeáveis com forros removíveis, assim como luvas e botas impermeáveis. Segunda pele, incluindo blusa, calça, luvas e balaclavas, além de levar roupas de fleece e capas de chuva para os dias mais frios e possivelmente chuvosos.

Devido a autonomia da moto ser baixa e ter alguns trechos com mais de 200 km de distância entre os postos e ainda o vento diminuir mais ainda a autonomia, estamos levando também um galão de 5 litros da Pressol, próprio para o transporte de combustíveis. 

                                                    



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Rota Fim do Mundo - Documentação

Quando se fala na documentação necessária para esse tipo de empreitada, várias dúvidas surgem e na internet as informações mais atrapalham do que ajudam. Vou fazer abaixo uma relação detalhada do que é necessário em cada país que iremos passar.

URUGUAI, ARGENTINA, CHILE

- Documento de Identidade ou Passaporte: Cabe ressaltar que para o RG a foto tem que se atual, identidades muito antigas não são aceitas, o limite é de 10 anos. O passaporte não é obrigatório nos países membros do Mercosul, mas além de guardar a recordação nos carimbos pode ajudá-lo em trâmites mais rápidos nas Aduanas.

- Carteira Nacional de Habilitação: No chile é exigido a PID (Permissão Internacional para Dirigir) pois o pais não é integrante do Mercosul, somente estado participante. Mas a regra não é seguida, em outras ocasiões levei tal documento e nunca foi solicitado, nem nas Aduanas ou em barreiras policiais. Algumas pessoas dizem que tal documento é solicitado em casos de acidente, então sempre é melhor prevenir.

-  Documento do veículo: Documento da moto com todas as taxas em dia (IPVA, Seguro Obrigatório, etc). 

- Veículo alienado ou em nome de terceiros: Se a moto estiver financiada ou em nome de terceiros que não estão na viagem é preciso um documento autorizando a utilização do veículo pelos países que você irá cruzar e pelo período que ficará com o veículo fora do Brasil.

- Carta Verde: É um seguro obrigatório para terceiros, ou seja, em caso de acidentes cobre as despesas médicas e danos materiais de terceiros. Esse documento é exigido nos países integrantes do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e pode ser feito com diversas seguradoras, a mais conhecida é a Magna Seguradora. Como tenho seguro da moto pela Porto Seguro, essa me disponibiliza o documento por uma valor irrisório, pra 33 dias estou pagando somente R$ 41,00.

- Soapex: Também é um seguro obrigatório, mas esse exigido no Chile desde novembro de 2013. Diferente da Carva Verde o Soapex cobre despesas médicas e danos materiais tanto de terceiros como do próprio piloto e garupa. Pode ser feito pela internet através da Magallanes Seguros

Há outros documentos que não são obrigatórios mas podem lhe tirar de algum sufoco, como seguro da moto, seguro viagem, etc.



Rota Fim do Mundo - Camiseta

Até o inicio do ano estávamos na dúvida se fazíamos ou não uma camiseta comemorativa para a viagem, pois estávamos com dificuldade de achar alguma loja aqui em São Carlos que realiza-se silk para poucas quantidades. Depois de algumas pesquisas descobrimos a DStampa, loja especializada em sublimação aqui na cidade, até então nossa ideia era fazer silk, mas depois do ótimo atendimento que recebemos pelo pessoal da loja ficamos entendendo o que era a tal da sublimação e acabamos mandando confeccionar as camisetas.

Pensamos em fazer uma arte somente com partes do adesivo, até mesmo para diferenciar e não ficar tudo igual. Acabamos juntando parte do adesivo comemorativo com o adesivo utilizado nos baús laterais e na loja foi dado a ideia de colocar as bandeiras nas mangas, no fim ficou algo bem bacana.

domingo, 30 de novembro de 2014

Rota Fim do Mundo - Adesivo da viagem

Hoje pegamos os adesivos da viagem na gráfica, ficaram muito legais.
Tinha pouca noção de programas vetoriais, mas assistindo a tutoriais no youtube me aventurei pelo Corel e depois de muito copiar, traçar, apagar, refazer.... no final saiu algo rsrs
Também fizemos adesivos para os baús laterais para incrementar um pouco mais as malas.


         




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

5º Dia - Guarapari/ES

Infelizmente chegou o dia do retorno, a vinda não foi nada fácil, afinal foram 16 horas de viagem, mas conversando sobre o que fazer pra melhorar a volta, resolvemos de inicio que iriamos arriscar a Br-101 pela cidade do Rio de Janeiro, assim pegaríamos metade do caminho com pistas duplicadas. Mas no dia anterior ao retorno, fomos agraciados através do noticiário local que estavam havendo vários tiroteios na cidade, e pra quem não conhece nada lá, na hora desistiu de investir nesse caminho rsrs. Então acabamos decidindo ir cortando o estado de minas.

Pra ganhar chão, acordamos novamente cedo, as 04:30 da madrugada e um pouco depois das 5 já estávamos na estrada. Amanhecemos rodando a Br-101 sentindo estado do Rio de Janeiro, nosso destino era a RJ-230, a fim de evitar a ES-297 que foi muito ruim na ida. Foi uma ótima escolha, apesar de ser uma estradinha vicinal, não passa dentro de muitas cidadezinhas, só tem várias lombadas pelo caminho em alguns distritos. Logo chegamos em Bom Jesus de Itabapoana, abastecemos rapidinho, trocamos ideia com o frentista que também curte moto custom e pé na estrada novamente sentido a Br-356. De inicio achamos que a viagem seria sofrida, muito trânsito e a rodovia passa dentro de Itaperuna/RJ e Muriaé/MG, o que estressa um pouco pilotar ter que enfrentar centro de cidade. Após Muriaé pegamos a Br-116, ai a coisa começou a render, pouco trânsito e muito fácil fazer ultrapassagens devido ao pouco fluxo de veículos no sentido contrário. O trecho da Br-116 foi curto, logo saímos para a Br-267 sentido Juiz de Fora/MG. Pensa no paraíso, estrada deserta, pouco trânsito, sem pedágios, radares e tudo mais que pode aborrecer, foi assim até chegar na Fernão Dias.

Bom, nesse ponto já estávamos exaustos, e ainda faltava um pelo trecho. Paramos para descansar no novo posto Graal em Pouso Alegre e taca lhe pau rsrs. Pra ajudar, chegando na serra próximo a cidade Ipuiúna, a cidade da batata, caiu uma chuvarada feia, céu preto, raios pra todo lado e uma serrinha sem vergonha que imita os caracoles de cordilheira dos andes. Trecho superado, nova abastecida e mais um papinho com o frentista, alias, quando se viaja de moto é muito fácil as pessoas puxarem conversa com você, falam sobre motos, sobre lugares e sonhos que também gostariam de realizar sobre duas rodas. Isso é muito bacana, um cenário que não se tem viajando de carro. A chuva nos acompanhou até Vargem Grande do Sul e daí pra frente foi só acelerar forte pra chegar em casa logo, não aguentávamos mais... Enfim, por volta de 19:00 chegamos em casa, um belo banho e uma merecida pizza depois de um dia de viagem cansativo e bora trabalhar no dia seguinte.

Relatório da viagem:

Como tínhamos narrado no primeiro dia da viagem, essa seria um teste de resistência para podermos ou não por em prática o Rota do Fim do Mundo. Juntando todos os prós e os contras, achamos que será possível ir até o Ushuaia de moto custom, fizemos as adaptações necessárias para que ela se tornasse uma moto confortável para isso. Testamos vários equipamentos e assim pudemos notar e resolver alguns problemas que apareceram durante esses dias.

Diário de Viagem:

1.070 km em 14 horas de viagem
R$ 3,00 gastos com pedágios (10% do valor pago na ida)

Roteiro da volta:


Veja roteiro no Maps








terça-feira, 4 de novembro de 2014

4º Dia - Guarapari/ES

Hoje é dia foi light, como amanhã voltamos pra casa, então o jeito foi descansar, aproveitar bem a praia e se despedir da maravilhosa Guarapari.
O céu estava lindo, dessa vez demos sorte, apenas dias lindos de sol. Ao contrário de várias viagens anteriores que andamos com a nuvem na cabeça.
Resumindo o dia: praia, sombra e água fresca. Heheheh
No almoço resolvemos ir almoçar no Dom de Barro, sistema self-service por kg, comida mineira com influência de pratos capixabas, boa opção pra almoço.
Finzinho de tarde, uma bela caminhada na orla pra relaxar, apreciar os bolinhos de bacalhau e finalizar com um pastel de 40cm no famoso Pastelonça, nunca pagamos tão barato um pastel tão enorme...rsrs ...Sorvetinho de sobremesa pra rebater.
É isso, bela despedida de Guarapari, amanhã a viagem vai ser longa.

5º Dia - Guarapari



 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

3º Dia - Guarapari/ES

Depois do ótimo descanso de ontem, hoje é dia de desbravar Guarapari. Um dia lindo novamente, o céu azul, calor gostoso amenizado pela brisa do mar. Por indicação da Janaína, minha xará rs, fomos até a Praia de Meaípe para almoçar no Cantinho do Curuca. O caminho à beira mar é muito bonito, fica distante uns 7 km da Praia das Castanheiras. Como ainda era cedo, resolvemos dar uma esticadinha até a cidade de Anchieta e conhecer algumas praias da cidade, a praia do centro foi uma decepção, água barrenta e a praia parecia suja. Resolvemos então voltar e ir parando pelas praias que encontrássemos... paramos na Praia de Castelhanos, também em Anchieta, muito bonita, cheia de arvores, ondas fortes pra quem gosta de surfar, a praia possui uma boa infraestrutura com quiosques. Depois paramos também na Praia de Ubu, também muito bonita com ótima estrutura. Já pela hora do almoço voltamos para Guarapari para apreciar os pratos indicados do Cantinho do Curuca na Praia de Meaípe. A praia em si é simples, parece uma praia de pescadores, mas dizem que no verão é onde fica a agitação de jovens, tem até discoteca. Por indicação pedimos estrogonofe de lagosta, muito bom, de entrada como cortesia eles servem camarão a paulista e de sobremesa uma torta de coco, simplesmente maravilhosa é de comer de joelhos, os preços não são muito acessíveis, mas é considerado um dos melhores restaurantes do Espirito Santo.
Após o almoço resolvemos dar uma volta até a Praia do Morro, praia extensa com infraestrutura de calçadão em toda a orla com quiosques e restaurantes a beira mar. No final dela tem o Morro dos Pescadores, um lugar com vegetação preservada, possibilita um passeio em contato com a natureza, belos mirantes e no final da trilha uma praia toda preservada que serve de alimentação de tartarugas marinhas. O lugar é exuberante cheio de pedras, não deixe de aproveitar pra tirar uma foto com as 2 rochas em formato de tartaruga marinha.
Após um dia agitado, resolvemos repetir o restaurante do jantar do dia anterior, afinal o cardápio era bem apetitoso e não dá pra apreciar tudo num dia só...rsrs... A pedida foi mariscada, simplesmente deliciosa...fechamos o dia com chave de ouro.

Site Cantinho do Curuca: http://www.cantinhodocuruca.com.br/

4º Dia - Guarapari






                       

                   
                                      








domingo, 2 de novembro de 2014

2º Dia - Guarapari/ES

Acordamos cedo, com o som do mar ao fundo, que delícia estamos na praia. Abri a janela e aquele céu lindo, azul, sem nenhuma nuvem, o mar de frente, dia perfeito. Como estávamos em apartamento fomos a caça de uma padaria para tomarmos café para logo após poder aproveitar o dia de praia... depois da longa viagem cansativa de ontem, hoje é dia de descanso pra Burdoga... rsrsrs... mais que merecido.
A praia das Castanheiras é considerada uma das praias mais urbanizadas de Guarapari, é também uma das mais procuradas por turistas, areia clara, mar azul e calmo, muito propício para o banho, se não fosse as águas mega geladas. Em toda sua orla é sombreada por grandes castanheiras que tornam a praia mais aconchegante pra quem quer se proteger do sol. Por ser uma praia central, possui grande diversidade de comércio, e pra nossa alegria tem ótimos quiosques na orla, que servem pratos e petiscos, afinal pra paulista, praia sem quiosque não é praia hehehehe...
Alugamos cadeiras e ficamos clientes do Quiosque do Miguel, eles servem bebidas, batidas e petiscos, pra quem quiser provar o prático típico de praia dos capixabas é o famoso peroá, um peixe frito servido inteiro com fritas, aipim e banana frita, eu não gosto muito de peixe assim, mas me pareceu bem apetitoso.
Após um dia maravilhoso, fomos caminhar para conhecer mais o local e encontrar algum lugar diferente com pratos típicos para jantar, aproveitando, o calçadão da praia de castanheiras e da praia do morro é todo iluminado, excelente para fazer caminhadas noturnas, mas fora de temporada só tem movimento nos finais de semana. Atravessamos a ponte que separa o centro do resto da cidade e encontramos próximo à praia do morro o restaurante Na Chapa, apesar do nome não combinar muito com o cardápio, o restaurante é especializado em frutos do mar. Pronto é por aqui mesmo que ficamos, pedimos um camarão 3GG acompanhado de arroz à piamontese (é um arroz preparado com creme de leite e queijo mussarela, meio estranho pra falar a verdade rs) e salada caeser. Depois de uma bela bóia, cansados, preferimos pedir pra chamar um táxi pra voltar, afinal amanhã tem mais.

sábado, 1 de novembro de 2014

1º Dia - Guarapari/ES

Essa viagem foi programada como base de teste para o planejamento do projeto Rota fim do Mundo - Rumo ao Ushuaia. Depois de muita conversa, decidimos que essa seria uma forma de podermos verificar nossas condições físicas e psicológicas para encaramos uma viagem pela América do Sul com mais de 30 dias de duração. Pois essa viagem a Guarapari/ES daria mais de 1000 km em um único dia o que é uma quilometragem considerável se comparado a alguns dias do projeto.

Saímos na madrugada do dia 1/11/14 às três e meia da manhã, pois precisávamos ganhar tempo antes do amanhecer do dia, já que seriam 1040 km a percorrer. O tempo estava nublado e logo na serra dos padres na região de Corumbataí pegamos uma garoa fraquinha, só pra sujar a viseira rsrs, já na rodovia Dom Pedro I, na região de Campinas pegamos uma chuva bem forte, pra tirar o sono da madrugada.. rsrsrs...mas passou rápido.

A viagem rendeu bem até a cidade de Volta Redonda/RJ, onde saímos da Rodovia Dutra e acessamos a Rodovia do Aço. Resolvemos não passar pelo Rio de Janeiro pela falta de conhecimento da cidade e devido a relatos que a BR-101 estaria muito ruim até a divisa com o estado do Espirito Santo. Bom, a partir daí a situação começou a complicar um pouco, o calor estava incessante e as estradas eram simples, porém muito boas, com ótimo asfalto, sinalização e também com pedágios bemmmmm carinhos.  Mas apesar dessas ótimas qualidades da estrada, a mesma é entupida de carretas e mais carretas e ainda pra ajudar a rodovia passa por dentro de várias cidades, se bem que não dá pra chamar de cidade e sim de muitos distritos e vilarejos com velocidade reduzida e ainda pra ajudar, cheias de radares e obstáculos que pareciam não ter fim, mesmo pra quem ama o motociclismo isso é muito perturbador depois de andar tantos quilômetros, mas não poderíamos desistir nunca....fomos até o fim. Apesar desses contratempos a rodovia possui boa infraestrutura de postos de combustíveis e alimentação, só um detalhe... o padrão de qualidade é de caminhoneiro rsrs. 

Quase próximo a divisão com o Espirito Santo, a rodovia do aço termina e passa a ser rodovia estadual, a RJ-186, pensa em algo totalmente esquecido no meio do nada, estrada cheia de buracos e remendos, isso pra uma moto custom é um filme de terror. Foram 50 km terríveis até chegar a cidade de Bom Jesus do Itabapoana onde pegamos a estrada ES-297 até a BR-101.  Nesse trecho da BR-101 até Guarapari a rodovia estava perfeita, mas novamente cheia de caminhões, isso a soma do escurecer com o cansaço físico fez nós ficarmos rodando atrás de um caminhão até Guarapari, não tínhamos mais raciocínio e agilidade para ultrapassagens.

Chegamos em Guarapari às 19h30min, depois de inacreditáveis 16 horas de viagem, várias paradas para banhos de mangueira nos postos de combustíveis e passando o dia só na base da coca cola e rufles rsrs.

Como já era noite, não deu pra curtir a entrada da cidade, exaustos,  procuramos o apartamento que alugamos, de fácil localização, ficando bem de frente para o mar na Praia das Castanheiras.
Por hoje não dava pra fazer muita coisa, agora era tomar um bom banho pra tirar o cansaço e procurar um lugar pra jantar. Ao lado do apartamento tem uma rua chamada Beco da Fome, ali se encontram vários restaurantes, resolvemos jantar algo rápido, pedimos uma pizza no Oásis Pizzaria e Restaurante, agora era descansar pra poder aproveitar o dia seguinte.

Diário de Viagem:

1.040 km em 16 horas de viagem
R$ 35,00 gastos com pedágios

Roteiro de Ida:


Veja roteiro no Maps






terça-feira, 14 de outubro de 2014

Rota Fim do Mundo - Roteiro planejado

Já temos um roteiro pré-definido que será a base para a nossa viagem, mas como toda grande viagem com muito detalhes a serem definidos, esse roteiro sofrerá ajustes ao longo da jornada. Algumas cidades dormitórios poderão ser alteradas dependendo da condição das estradas, tempo gasto em paradas e do próprio cansaço da viagem.

Durante essa aventura enfrentaremos os ventos da patagônia, longos trechos sem abastecimento, que particularmente acho que será a parte mais complicada devida a baixa autonomia da Boulevard, mas nada que uns galões reservas não resolvam. Serão cerca de 14000 km, sendo desses, 500 km de rípio, dentre eles o trecho não pavimentado da Ruta 3, entre Cerro Sombrero no Chile após o Estreito de Magalhães e Rio Grande na Argentina. O outro trecho será entre Chile Chico e Coyhaique no Chile, a famosa Carreiteira Austral. Trecho esse escolhido pois temos interesse em conhecer as Capilas del Marmol em Puerto Tranquilo. Mas a parte de rípio que mais me perturba ainda é a Ruta 40, trecho entre Três Lagos e Lago Cardiel, esse pedaço que é em torno de 100 km ainda está em fase de pavimentação e quando chove o chão vira argila. Bora encarar!!!






Rota Fim do Mundo - Ushuaia? Onde é isso?

Quando  as  pessoas  ficam  sabendo  de  nossa  empreitada  até  o  fim  do mundo, muitos nós retornam com algumas perguntas clássicas: 

- Onde é isso?
- Quantos km?
- De moto, vocês são loucos?

Mas a paixão por motos é isto. Quem é apaixonado não consegue explicar aos que não curtem o porque de tanto entusiasmo em uma jornada tão difícil e tão complexa de ser planejada. É a mesma coisa que tentar explicar a um Corintiano porque o Palmeiras é melhor hehehe.

Sou motociclista desde os 18 anos, quando adquiri minha primeira moto, uma Honda CG 1997, aquelas com o farol quadrado ainda. Mas na adolescência já tinha experimentado esse prazer em andar sobre duas rodas com as antigas mobiletes e as Jogs que meus vizinhos mais abastados possuíam rsrs.

Nunca tive influência nenhuma da família para gostar de moto, muito pelo contrário, cada vez de sair com essas maravilhas era um sermão atrás do outro hehehe. Ah, isso não mudou até hoje, já com meus 33 anos meus pais ainda são relutantes em saber dessas doideiras que invento. O que eles sempre falam principalmente é: "Mas porque vocês não vão de avião? é mais rápido, prático e etc, etc." Mas como fica a viagem? toda a alteração das paisagens, as estradas, as pessoas que conhecemos pelo caminho, os ares.... isso tudo não é possível viver dentro de um avião, aliás, não tem troço mais chato, barulhento e desconfortável que avião.

Voltando ao assunto ,Ushuaia fica no extremo sul da América do Sul, na Argentina, é a capital da província da Tierra del Fuego, fica a uma distância de cerca de 5.000km de São Paulo, em outras palavras, você está muito, muito perto da Antártida – são 800 km rumo sul até lá, e bem longe de Buenos Aires, que está a 3.600 km ao norte. Por isso é chamada da cidade mais austral, a que fica mais ao sul no Planeta.






segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Rota Fim do Mundo - A moto

Apesar de uma moto Big Trail ser a ideal para esse tipo de vigem, seja pelo conforto, autonomia e as ótimas suspensões para aguentar os diferentes tipos de terrenos que iremos enfrentar. Hoje possuímos uma Suzuki Boulevard M800 2012 com poucos quilômetros rodados. A qual foi adquirida na troca de uma Suzuki DL-1000 2005. No inicio a transição de motos de estilos tão diferentes foi um pouco difícil de acostumar, mas atualmente a moto já conta com vários equipamentos já instalados pra deixar a moto mais estradeira e confortável, o que esta tornando as viagens bem mais agradáveis.


a Burdoga

Muitos dizem que fui louco em trocar o estilo assim tão radicalmente, ainda mais que foi o inverso do que muitos fazem, trocar uma moto alta e confortável por uma moto baixa e que detona as costas rapidinho. E sinceramente, isso acontece mesmo hehehe. Mas o alto índice de furtos e roubos de motos Big Trails me deixaram desanimado, não conseguindo sair pra rodar sem ficar naquela neura de levar uma arma na cabeça a qualquer momento. Ah, mas muitos vão pensar, existe seguro pra isso... pode até ser que o seguro reponha o bem material, mas o meu sossego, isso não.

Mas deixando de desvirtuar a postagem, a Burdoga (apelido dada a moto por ser baixinha e gorda... igual a cachorra da minha cunhada hahaha) será a guerreira que nos levará até o fim do mundo, enfrentando os ventos patagônicos, o frio e a chuva. Passará pelo rípio da Carreteira Austral e em seu retorno enfrentará o calor infernal do Chaco argentino, nos trazendo para casa sã e salvos depois de vários dias de aventura e muitas recordações.

Rota Fim do Mundo - O Planejamento

Esse post tem a finalidade de descrever o planejamento da nossa viagem de moto para o Ushuaia. Serão 34 dias de viagem, deixando mais 4 dias de reserva para algum imprevisto que possa ocorrer durante o trajeto. A viagem terá inicio no dia 14/02/2015, tendo como roteiro descer a Ruta 3 até o Ushuaia e na volta subir a Ruta 40, conhecendo o Glaciar Perito Moreto em El Calafate, as Capelas de Mármore em Puerto Tranquilo no Chile, assim como as cidades de Bariloche, Pucon, Santiago e terminando com uma possível passada por San Pedro do Atacama, cidade que já tive a oportunidade de conhecer em 2010 e estou louco pra voltar.

Os protagonistas dessa empreitada será quem vós digita, Rodrigo, e a sempre fiel companheira Janaina, parceira de muitas viagens e aventuras já realizadas. Mas a grande protagonista da história será uma Suzuki Boulevard M800 2012, moto nada apropriada para esse tipo de empreitada, mas que está sendo equipada para superar as dificuldades que possam ser encontradas pelo caminho, principalmente a questão da autonomia. 

Estamos planejando essa viagem por aproximadamente 6 meses, pesquisando caminhos a serem seguidos, lugares a serem visitados, estados das rutas argentinas e o como esta o avanço do asfaltamento da Ruta 40, além de buscar relatos e experiencias de outros motociclistas que rodaram pela Carreteira Austral, afim de saber se será realmente possível rodar com uma moto custom nesse trecho.


Enfim, a viagem já esta tomando forma através de todos os preparativos que são necessários para esse tipo de empreitada, nada como um bom planejamento para minimizar possíveis surpresas pelo caminho e para já ir entrando no clima da aventura.

domingo, 21 de setembro de 2014

Famoso Filé à Parmegiana do Restaurante do Cidinho - Araraquara/SP

Fazia tempo que ouvíamos falar do famoso Filé à Parmegiana do Restaurante do Cidinho em Araraquara/SP, pra variar o Ro queria dar um rolé de moto e resolvemos ir aqui pertinho mesmo, afinal são apenas 45km distantes de São Carlos, o tempo não estava tão convidativo... mas bora aproveitar o domingo e experimentar essa delicia.
Chegamos cedo e já estava lotado, o lugar é tradição na cidade, um ambiente bem simples, oferece serviço à lá carte com uma grande variedade de pratos e sobremesas, apesar de várias outras tentações no cardápio, pedimos o filé. O prato é bem generoso, comem até 5 pessoas tranquilo, comida saborosa com jeitinho caseiro, muito bom. Agora vamos ter que voltar porque o cardápio tem várias outros pratos tentadores...hehehehe, e  alguém ficou com o olho no prato do vizinho rsrs.
Como chegamos cedo resolvemos dar uma volta e voltar por outro lado, passando em alguns distritos até Ribeirão Bonito, aqui no interior a estradas vicinais são um convite pra imagens inusitadas...No meio da estrada uma galinha simplesmente passeando com seus pintinhos ... pena que não consegui capturar a imagem da cena...mas aí está a beleza da vida...nos pequenos momentos.
Chegamos em Ribeirão Bonito, fomos até a capelinha no alto do morro olhar o visual da cidade lá de cima....curtido o momento...bora voltar pra casa.
Um domingo simples, mas bem apreciado.

Site: Restaurante do Cidinho

Diário de viagem:

140 km no total percorridos
Não há nenhum tipo de cobrança de pedágios entre São Carlos e Araraquara

Roteiro de viagem:


Veja roteiro no Maps

sábado, 2 de agosto de 2014

Bisteca do Caipirinha - Tatuí/SP

Bisteca do Caipirinha é um clássico de Tatuí e tem uma das comidas mais despretensiosa e saborosa da região, o restaurante funciona de segunda a sábado, das 11 às 15h30, e é só passar pelo restaurante para encontrar o Sr. Caipirinha esperando os fregueses na porta.
Ele diz que aprendeu a fazer bisteca em um restaurante próximo ao mercado da cidade, há mais de 40 anos. Depois teve um bar, que vendeu para ficar de papo para o ar por um tempo. "Só ficava jogando e aproveitando a vida. Apadrinhei vários casamentos e crianças... Até que meu dinheiro acabou e fui morar em uma garagem", conta. Recomeçou como cozinheiro do Clube Princesa Isabel, em Tatuí, e depois abriu seu próprio negócio. No mesmo endereço está desde 1981. Hoje, a família toda trabalha junta e já recebeu ilustres clientes como Olivier Anquier, que até já gravou matéria com ele. A foto do Olivier, aliás, está em destaque: bem próximo ao fogão.
Para quem não come bisteca tem algumas outras opções, mas a tradição é a bisteca, não tem como ficar na dúvida, quem chega já recebe a salada de tomate e cebola na mesa e escolhe entre bisteca de boi, porco ou para os que não são chegados, tem frango. No fogão azul e branco ficam dispostos o arroz e o feijão para todos se servirem à vontade. Não parece especial, mas vai lá provar a cebola da salada, eu odeio cebola, mas essa eu como de joelhos é simplesmente deliciosa, crocante e doce. O segredo, segundo o Caipirinha, é lavar bem a cebola já picada e a deixar descansando no freezer por cerca de quatro horas. O tempero mistura limão rosa e vinagre, além de azeite, sal e pimenta do reino.


A bisteca acebolada é perfeita!!! E não se esqueça de pedir um belo ovinho frito pra acompanhar. Um lugar simples, familiar, comida boa demais, vale a pena conhecer.

Pra quem quiser conhecer o local, a Bisteca do Caipirinha fica na Rua Cruzeiro, 954 - Tatuí
O restaurante não possui site, somente facebook: Bisteca do Caipirinha









Diário de viagem:

Estradas duplicadas até Piracicaba, após pista simples em boas condições.
Não há cobrança de pedágios para motos.
360 km no total percorridos.

Roteiro da viagem:

Veja roteiro no Maps







sábado, 26 de julho de 2014

Jaú e Baurú /SP

Sábado, queríamos dar uma volta de moto, mas o dia estava bem fechado e garoando, portanto o jeito vai ser passear de carro mesmo.
Aqui no interior o paraíso feminino pras mulheres é o Território do Calçado de Jáu..hahahah... bom pelo menos pra mim que ama sapatos... é um shopping de calçados com foco no público feminino... mas como os homens não gostam... o jeito é negociar... hahahah... Como eu queria fazer compras e o Ro relembrar a infância em uma churrascaria de Bauru, unimos o útil ao agradável, já que as cidades são vizinhas.
Saímos e passamos no Território do Calçado, rodamos o shopping todo...afinal tenho que ver tudo....quem adora é o Ro...hahahahah...Mas esse ano não estava tão bom pra compras, a coleção não me agradou muito, principalmente as botas.
Finalizada minhas comprinhas básicas...seguimos para Bauru, fomos almoçar na Churrascaria Porteira do Rio Grande, serviço diferenciado com uma grande variedade de opções de carne e uma excelente mesa de frios. Fomos muito bem servidos. Espacinho pequenino para sobremesa porque os olhinhos de alguém cresceram com os profiteroles de chocolate com sorvete... heheheeh
Após o almoço farto, descobrimos que havia inaugurado um novo shopping em Bauru, Boulevard Shopping das Nações, fomos até lá pra conhecer, interessante é bem melhor do que outro que já havia há muitos anos na cidade. O Ro aproveitou uma promoção do Fuleco na Rihappy, já que a copa tinha acabado com um vexame, o bichinho tava mega barato rsrs.
Depois de se acabar de tanto andar o jeito foi voltar pra casa.

Diário de viagem:

300 km no total percorridos.
Estradas simples até Jaú, depois duplicadas até Bauru (pedágiada)

Roteiro da viagem:

Veja roteiro no Maps















Sites:



sábado, 5 de julho de 2014

Monte Verde/MG

Neste fim de semana resolvemos passear em Monte Verde e conhecer um pessoal do BOG (Boulevard Owns Group), vindo de São Paulo que também são apaixonados pela adrenalina sob duas rodas.

A princípio iriamos apenas fazer um bate e volta, mas foi paixão à primeira visita e resolvemos passar o fim de semana. Conseguimos a última vaga em uma pousada na principal rua do vilarejo, nos acomodamos e tratamos de logo desbravar o local.
A cidade possui apenas uma avenida principal e  conquista com seu "ar europeu", caracterizado por baixas temperaturas, paisagens exuberantes e clima aconchegante. Cercada pelas montanhas da Serra da Mantiqueira, Monte Verde é um charmoso vilarejo, é distrito da cidade de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais, está a 1.500 metros de altitude e atrai, principalmente, casais em busca de sossego. Oferece uma boa estrutura de hotéis e pousadas, várias opções de ecoturismo e ótimos restaurantes. além do tom hospitaleiro típico do povo mineiro faz o turista ir para casa com a promessa de voltar logo

A agitação da cidade está toda situada na avenida que leva o nome do distrito, com muitos bares e restaurantes. Preparem os bolsos, pois tudo na cidade é caro, um simples almoço para dois não sai por menos que R$ 100,00. Os bares possuem muitos tipos de cervejas nacionais, importadas e artesanais, algumas que custam a bagatela de R$ 600,00 a garrafa de 600 ml hehehe. Nessa avenida também existem muitas agências de turismo oferecendo passeios a cavalos, quadriciclos, tour pelas trilhas e vários outros atrativos do local. Pra quem está com veículo próprio pode-se ir até o estacionamento onde inicia-se as trilhas, o que dá em torno de 3 km, e de lá partir a pé para a trilha que desejar.

A estrada que liga Camanducaia a Monte Verde é uma viagem a parte, são 28 km de muitas curvas em meio aos morros da Serra da Mantiqueira. Para aqueles que curtem natureza e liberdade é um convite a mais, o caminho é cercado de mata fechada e belas paisagens. 

Passar um dia em Monte Verde é viver uma série de experiências: respirar o ar puro das montanhas, usufruir um contato muito próximo da natureza, provas sabores sofisticados e lançar-se em aventuras repletas de emoção. Tudo isso fica ainda muito melhor com o friozinho das montanhas, o crepitar da lareira e, principalmente, uma boa companhia.














Diário de viagem:

610 km no total percorridos.
Estradas duplicadas até a cidade de Camanducaia/MG
Há cobrança de pedágio para motos na rodovia Dom Pedro I e na Fernão Dias.

Roteiro de viagem:


Veja roteiro no Maps