quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Rota Fim do Mundo - Equipamentos


O que levar na bagagem em uma viagem de moto é sempre um dilema e muito pessoal de cada viajante e ainda ter que descobrir o que será ou não necessário piora mais a situação, ainda mais quando se viaja de moto custom que a capacidade de carga acaba sendo um pouco reduzida.

Pra ajudar nessas decisões acabamos sempre consultando lista de outros motociclistas e construímos a nossa própria lista, retirando alguns itens julgados não necessários e incluindo outros que não são citados. A aqueles que levam jogos de ferramentas gigantescos que dá até pra abrir uma oficina mecânica rsrs, mas não sabem mexer em nada na moto... então pra que levar? Se for pensar em tudo que pode ocorrer com a moto no caminho, é mais fácil levar uma moto reserva na carretinha. Na minha humilde concepção basta levar coisas que podem lhe tirar do sufoco com simples reparos, como kit para reparação de pneus, uma emenda de corrente, etc. Ficar pensando que um manete pode quebrar em uma queda ou que um pneu pode deformar em um buraco, acho que é muita paranoia. A não ser que esteja viajando pra África, aí até concordo rsrs.

Todas essas decisões que precisam ser tomadas acabam gerando um certo temor, mas optamos sempre por se prevenir antecipadamente, com algumas atitudes que descreveremos abaixo:



- Realizar uma ótima revisão em um mecânico de extrema confiança, trocar tudo que se          encontre já em "meia vida" e que possa acabar no meio da viagem;


- Colocar um par de pneus novos, assim como relação para as motos que possuem. Nesse caso optamos por pneus da Michellin Commander II, que a marca diz ser o mais durável, chegando a 40.000 km. 



- Adquirir equipamentos e acessórios de qualidade que possam tornar sua viagem mais confortável e prazerosa, como:
    - Comunicador:
    - Banco conforto;
    - Para-brisa (bolha);
    - Descanso avançado para as pernas;
    - Capacetes menos ruidosos e demais itens.

- Fazer uma prévia da montagem da bagagem nos bauletos / alforges, nisso você acaba já eliminando muita coisa desnecessária e tendo uma ideia de como ficará o peso da moto. Inclusive é bom rodar com a moto nessas condições para se adaptar antes de sair para a viagem em si.

Em relação aos equipamentos para o piloto e garupa, utilizamos roupas de cordura impermeáveis com forros removíveis, assim como luvas e botas impermeáveis. Segunda pele, incluindo blusa, calça, luvas e balaclavas, além de levar roupas de fleece e capas de chuva para os dias mais frios e possivelmente chuvosos.

Devido a autonomia da moto ser baixa e ter alguns trechos com mais de 200 km de distância entre os postos e ainda o vento diminuir mais ainda a autonomia, estamos levando também um galão de 5 litros da Pressol, próprio para o transporte de combustíveis. 

                                                    



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Rota Fim do Mundo - Documentação

Quando se fala na documentação necessária para esse tipo de empreitada, várias dúvidas surgem e na internet as informações mais atrapalham do que ajudam. Vou fazer abaixo uma relação detalhada do que é necessário em cada país que iremos passar.

URUGUAI, ARGENTINA, CHILE

- Documento de Identidade ou Passaporte: Cabe ressaltar que para o RG a foto tem que se atual, identidades muito antigas não são aceitas, o limite é de 10 anos. O passaporte não é obrigatório nos países membros do Mercosul, mas além de guardar a recordação nos carimbos pode ajudá-lo em trâmites mais rápidos nas Aduanas.

- Carteira Nacional de Habilitação: No chile é exigido a PID (Permissão Internacional para Dirigir) pois o pais não é integrante do Mercosul, somente estado participante. Mas a regra não é seguida, em outras ocasiões levei tal documento e nunca foi solicitado, nem nas Aduanas ou em barreiras policiais. Algumas pessoas dizem que tal documento é solicitado em casos de acidente, então sempre é melhor prevenir.

-  Documento do veículo: Documento da moto com todas as taxas em dia (IPVA, Seguro Obrigatório, etc). 

- Veículo alienado ou em nome de terceiros: Se a moto estiver financiada ou em nome de terceiros que não estão na viagem é preciso um documento autorizando a utilização do veículo pelos países que você irá cruzar e pelo período que ficará com o veículo fora do Brasil.

- Carta Verde: É um seguro obrigatório para terceiros, ou seja, em caso de acidentes cobre as despesas médicas e danos materiais de terceiros. Esse documento é exigido nos países integrantes do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e pode ser feito com diversas seguradoras, a mais conhecida é a Magna Seguradora. Como tenho seguro da moto pela Porto Seguro, essa me disponibiliza o documento por uma valor irrisório, pra 33 dias estou pagando somente R$ 41,00.

- Soapex: Também é um seguro obrigatório, mas esse exigido no Chile desde novembro de 2013. Diferente da Carva Verde o Soapex cobre despesas médicas e danos materiais tanto de terceiros como do próprio piloto e garupa. Pode ser feito pela internet através da Magallanes Seguros

Há outros documentos que não são obrigatórios mas podem lhe tirar de algum sufoco, como seguro da moto, seguro viagem, etc.



Rota Fim do Mundo - Camiseta

Até o inicio do ano estávamos na dúvida se fazíamos ou não uma camiseta comemorativa para a viagem, pois estávamos com dificuldade de achar alguma loja aqui em São Carlos que realiza-se silk para poucas quantidades. Depois de algumas pesquisas descobrimos a DStampa, loja especializada em sublimação aqui na cidade, até então nossa ideia era fazer silk, mas depois do ótimo atendimento que recebemos pelo pessoal da loja ficamos entendendo o que era a tal da sublimação e acabamos mandando confeccionar as camisetas.

Pensamos em fazer uma arte somente com partes do adesivo, até mesmo para diferenciar e não ficar tudo igual. Acabamos juntando parte do adesivo comemorativo com o adesivo utilizado nos baús laterais e na loja foi dado a ideia de colocar as bandeiras nas mangas, no fim ficou algo bem bacana.

domingo, 30 de novembro de 2014

Rota Fim do Mundo - Adesivo da viagem

Hoje pegamos os adesivos da viagem na gráfica, ficaram muito legais.
Tinha pouca noção de programas vetoriais, mas assistindo a tutoriais no youtube me aventurei pelo Corel e depois de muito copiar, traçar, apagar, refazer.... no final saiu algo rsrs
Também fizemos adesivos para os baús laterais para incrementar um pouco mais as malas.


         




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

5º Dia - Guarapari/ES

Infelizmente chegou o dia do retorno, a vinda não foi nada fácil, afinal foram 16 horas de viagem, mas conversando sobre o que fazer pra melhorar a volta, resolvemos de inicio que iriamos arriscar a Br-101 pela cidade do Rio de Janeiro, assim pegaríamos metade do caminho com pistas duplicadas. Mas no dia anterior ao retorno, fomos agraciados através do noticiário local que estavam havendo vários tiroteios na cidade, e pra quem não conhece nada lá, na hora desistiu de investir nesse caminho rsrs. Então acabamos decidindo ir cortando o estado de minas.

Pra ganhar chão, acordamos novamente cedo, as 04:30 da madrugada e um pouco depois das 5 já estávamos na estrada. Amanhecemos rodando a Br-101 sentindo estado do Rio de Janeiro, nosso destino era a RJ-230, a fim de evitar a ES-297 que foi muito ruim na ida. Foi uma ótima escolha, apesar de ser uma estradinha vicinal, não passa dentro de muitas cidadezinhas, só tem várias lombadas pelo caminho em alguns distritos. Logo chegamos em Bom Jesus de Itabapoana, abastecemos rapidinho, trocamos ideia com o frentista que também curte moto custom e pé na estrada novamente sentido a Br-356. De inicio achamos que a viagem seria sofrida, muito trânsito e a rodovia passa dentro de Itaperuna/RJ e Muriaé/MG, o que estressa um pouco pilotar ter que enfrentar centro de cidade. Após Muriaé pegamos a Br-116, ai a coisa começou a render, pouco trânsito e muito fácil fazer ultrapassagens devido ao pouco fluxo de veículos no sentido contrário. O trecho da Br-116 foi curto, logo saímos para a Br-267 sentido Juiz de Fora/MG. Pensa no paraíso, estrada deserta, pouco trânsito, sem pedágios, radares e tudo mais que pode aborrecer, foi assim até chegar na Fernão Dias.

Bom, nesse ponto já estávamos exaustos, e ainda faltava um pelo trecho. Paramos para descansar no novo posto Graal em Pouso Alegre e taca lhe pau rsrs. Pra ajudar, chegando na serra próximo a cidade Ipuiúna, a cidade da batata, caiu uma chuvarada feia, céu preto, raios pra todo lado e uma serrinha sem vergonha que imita os caracoles de cordilheira dos andes. Trecho superado, nova abastecida e mais um papinho com o frentista, alias, quando se viaja de moto é muito fácil as pessoas puxarem conversa com você, falam sobre motos, sobre lugares e sonhos que também gostariam de realizar sobre duas rodas. Isso é muito bacana, um cenário que não se tem viajando de carro. A chuva nos acompanhou até Vargem Grande do Sul e daí pra frente foi só acelerar forte pra chegar em casa logo, não aguentávamos mais... Enfim, por volta de 19:00 chegamos em casa, um belo banho e uma merecida pizza depois de um dia de viagem cansativo e bora trabalhar no dia seguinte.

Relatório da viagem:

Como tínhamos narrado no primeiro dia da viagem, essa seria um teste de resistência para podermos ou não por em prática o Rota do Fim do Mundo. Juntando todos os prós e os contras, achamos que será possível ir até o Ushuaia de moto custom, fizemos as adaptações necessárias para que ela se tornasse uma moto confortável para isso. Testamos vários equipamentos e assim pudemos notar e resolver alguns problemas que apareceram durante esses dias.

Diário de Viagem:

1.070 km em 14 horas de viagem
R$ 3,00 gastos com pedágios (10% do valor pago na ida)

Roteiro da volta:


Veja roteiro no Maps